(Folhapress) – A Justiça de São Paulo condenou nesta quinta-feira (31) o jornalista Breno Altman a pagar indenização no valor de R$ 20 mil em razão de cinco postagens consideradas pelo juiz como racistas contra judeus.
Altman tem enfrentado uma série de processos na Justiça em razão de seu posicionamento antissionista e contra a atuação do Estado de Israel na guerra contra o Hamas.
Ele alega que sua postura é contra o genocídio estatal, e não contra judeus, não havendo antissemitismo em sua conduta. Altman é judeu e trata do conflito com frequência em sua atuação como jornalista.
Em nota, os advogados do jornalista afirmaram que a “sentença não vislumbrou qualquer ilicitude na maioria das publicações e, por essa razão, rejeitou uma pretendida condenação em valor muito superior.”
Ele já foi condenado, em agosto deste ano, a três meses de prisão em regime aberto pelo crime de injúria contra o economista Alexandre Schwartsman e o presidente da organização pró-Israel StandWithUs Brasil, André Lajst, em contexto também envolvendo publicações sobre o conflito em Gaza. Na época, a Justiça determinou que a detenção fosse convertida em pagamento de multa.
Na decisão desta quinta-feira, o juiz Paulo Bernardi Baccarat, da 16ª Vara Cível, considerou pedido de censura e indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 80 mil a respeito de 20 postagens do jornalista sobre o conflito.
O requerente, a Conib (Confederação Israelita do Brasil), também solicitou a desmonetização do perfil de Altman nas redes sociais e a “fiscalização e a proibição de veiculação de manifestação que possa incitar ódio e violência, apologia a terrorismo e defesa de atos praticados pelo Hamas”, além de pagamento de R$ 1.320 a cada israelense com residência no Brasil.
Justiça não viu problema em 15 de 20 postagens
A alegação é a de que, com suas postagens, Altman pode incitar perigo a judeus e israelenses e que sua conduta ultrapassa os limites de expressão.
O magistrado entendeu não haver motivo para indenização ou exclusão em 15 das 20 postagens, às quais disse não serem antissemitas, mas manifestações políticas, caso de quatro delas, ou sobre o Estado de Israel (11 das publicações, na interpretação do juiz).
Entretanto considerou 5 das postagens racistas, 3 divulgadas no X (antigo Twitter) e 2 no Instagram. Em duas delas, Altman usa a palavra “ratos” em contexto envolvendo o conflito Israel-Hamas. O juiz considerou a referência como racismo necessário de “intervenção estatal e repreensão”, uma vez que o termo “rato” foi historicamente associado a judeus em contexto genocida.
Nas outras 3, o magistrado considerou ter havido racismo direcionado aos judeus sionistas, “tais como os chamar de pequeno-burgueses apodrecidos por doutrina racista, medrosos, racistas etc”.
Ele determinou que as cinco postagens fossem removidas e que Altman pagasse R$ 4.000 por cada uma delas, totalizando os R$ 20 mil de multa por danos morais. O jornalista também foi condenado a pagar 20% do valor da condenação em custas e honorários. O pedido de indenização individual a cada israelense com residência no Brasil foi negado.
Em nota da defesa de Altman, os advogados Pedro Serrano e Anderson Medeiros destacaram que a sentença acolheu apenas uma parte dos pedidos da ação.
Lembraram também que foi negado o pagamento de indenização individual a israelenses. A defesa diz que vai apresentar recurso “com o objetivo de evidenciar a absoluta licitude de todas as publicações, na medida em que estão amparadas nos direitos constitucionais que asseguram a liberdade de expressão e de manifestação do pensamento.”
O recurso pode ser apresentado em até 15 dias úteis desde a condenação.
A revista Ópera Mundi é uma das minhas fontes preferidas.
Nunca li nenhuma notícia que tivesse antissemitismo, não me lembro de nenhuma matéria que clamasse pelo fim do Estado de Israel - e essa é uma posição que eu tenho - Muito do conteúdo do Ópera Mundi é de terceiros, boa parte traduções de jornais como Al Jazeera.
Detalhe: Breno Altman é judeu!
Sim, com certeza esse povo é intocável, qualquer coisa que você falar sobre os sionistas e eles não gostarem você será severamente punido.
Aí que tá: criticar as ações do estado não é criticar os indivíduos (povo). São duas coisas distintas. Jamais confunda.
acho que o “povo” que ele se referiu são os sionistas e ele tá certo se esse for o caso
é impressionante como o brasil lambe a bota do estado irreal mais até do que os eua
enfim, dissolução de israel já
eu queria saber quais eram as postagens msm né
mas enfim, realmente, até onde vi, nunca vi nada do Altman q fosse antissemita, mas essa Conib ai tá chafurdada no sionismo