O presidente do Conselho de Administração da TelComp (Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas) e CEO da Datora, Tomas Fuchs, sugeriu nesta 3ª feira (20.jun2023) que a internet para consumidores seja cobrada por megabyte consumido. Segundo o conselheiro, uma consequência da falta de remuneração eficiente do segmento seria uma perda de investimentos na área.
“Se a gente pode cobrar por uso de gás, se a gente pode cobrar por uso de energia elétrica, por que não cobrar por mega”, declarou ao Poder360. “Tem que, de alguma forma, cobrar pelo uso. Senão a gente não, a gente não tem como remunerar corretamente as redes”, completou.
Ele participou do 3º Simpósio TelComp – Telecom, Tecnologia e Competição para o Futuro Digital, realizado pela TelComp em parceria com o IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa) em Brasília. O evento é transmitido ao vivo pelo canal do Poder360 no YouTube, desde as 9h30. O 2º dia, 4ª feira (21.jun), será fechado para convidados e associados.
Fuchs também afirmou ser preciso debater mais sobre um novo marco regulatório para o setor de telecomunicações no Brasil. Perguntado se a mudança poderia ser implementada ainda em 2023, disse se tratar de “um debate talvez um pouco mais longo”.
“As empresas de comunicação deveriam ser responsáveis por demonstrar mais interesse no debate sobre um novo marco regulatório”, afirmou.
Sobre nações que podem ser usadas como modelos para uma regulamentação no Brasil, Fuchs citou a União Europeia. Para ele, os países integrantes do grupo estão “caminhando” para uma evolução sobre o tema.
Contudo, o ritmo das discussões no Brasil ainda não estão no ritmo desejado. Para Fuchs, uma discussão mais acelerada sobre o tema traria ainda mais avanços no acesso dos brasileiros ao 5G. “A gente realmente precisa que isso seja discutido o mais breve possível”.
Cobrança bizarra, como se os bits fossem recursos escassos.
No máximo eu consideraria uma cobrança baseada na utilização em momento de pico/fora pico, por questão de capacidade, e não quantidade.